Carta ao editor:
Lendo uma postagem deste blog, me lembrei de um convite feito há alguns meses para que eu participasse do movimento.
A abordagem do tema "alienação política" me chamou a atenção, pois ao ler as páginas desse veículo, somos alertados a todo o momento sobre nossa postura em relação à mídia, à politica(gem) e ao senso comum. Acredito que esses três elementos embasam a causa de sermos tão distantes daquilo que deveria ser nosso objeto de engajamento, porém, observo que o apartidarismo, a imparcialidade e a liberdade não são circunstâncias ideais para a formação de uma consciência coletiva baseada em propostas solidificadas.
Para ser mais direta, parto do princípio de que crescemos em uma sociedade que não prima pelos direitos que a democracia reserva, banalizando aquilo que simboliza o poder das massas. Quando relativizamos o conceito de liberdade, chegamos à conclusão de que, talvez ela nos traga o conforto de sermos alienados e inconseqüentes.
Vivemos "deixando a vida nos levar", pois afinal de contas "sábio é aquele que se contenta com o espetáculo do mundo". Assim viver não pesa e nem dói. O assalariado não reclama, a mulher se cala, o analfabeto desenha o nome e a barriga ronca. Mas pra quê pensar nisso se além da ausência do essencial levamos o básico à escassez? Aqui, onde o mar acabou a terra deveria se principiar.
(Com as licenças de Fernando Pessoa, Saramago, Camões e Zeca Pagodinho)
Atenciosamente,
Mariana Flores
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Carta ao Editor
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