quinta-feira, 23 de junho de 2011

Inércia de Idéias!



Um dos maiores pensadores de todos os tempos, Isaac Newton, enunciou através de seus estudos três leis que se tornariam a pedra fundamental da Física e do estudo do movimento. Uma delas, a Lei da Inércia, afirma em poucas palavras que um corpo parado tende a permanecer parado, e vice-versa, até que uma força haja sobre ele. Uma verdade factual, clara, que elucida como o universo funciona.
A Lei da Inércia surge como uma grande descoberta no campo físico, porem uma analogia de seu enunciado permite sua utilização como metáfora para nosso comportamento como indivíduos e sociedade. Quem nunca se viu prostrado diante da vida, problemas, questões sociais ou intelectuais?  Fato é que se cria uma idéia de redoma protetora, uma concha que isola o mundo de nós, e quando somos compelidos a mudar ou agir, transferimos essa função a outro, que por sua vez, vê essa responsabilidade como um vírus para seu mundo perfeito e repassa-o numa corrente constante de omissão, isso nada mais é que inércia de idéias.
As sociedades têm características de organismos vivos. Esses organismos interagem entre si;  os cidadãos  são as células que movimentam tais organismos. Quando essas células passam a sofrer do câncer da inércia de idéias, esses organismos passam a apresentar uma distorção em seu funcionamento; corrupção, crimes, desrespeito; uma atrofia de seus membros que são liberdade, equivalência social e constante desenvolvimento. Sofrer desse câncer significa transferir para o outro a responsabilidade de resolver os problemas, num verdadeiro ritual maciço de "lavar as mãos" onde ao invés de usar-se água, acaba-se usando o sangue da sociedade; degradação.
Deve-se abandonar as velhas desculpas retóricas de hipocrisia, e perceber que a bola da vez está nas próprias mãos, que não adianta esperar que o outro faça algo, pois ele espera que você o faça, e nesse "jogo de empurra-empurra" acaba-se permanecendo parado, pura inércia.

Filipe Vidal 

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